Advogados trabalhistas da Região Metropolitana avaliam experiência com o Processo Eletrônico

No próximo dia 23, o Processo Judicial Eletrônico da Justiça do Trabalho (PJe-JT) chega ao Foro Trabalhista de Porto Alegre, que concentra o maior número de reclamatórias no Estado. A partir desta data, os processos que forem ajuizados nas 30 Varas do Trabalho da capital gaúcha tramitarão de forma 100% eletrônica. O sistema já funciona em diversas unidades, inclusive de algumas cidades da Região Metropolitana, como Canoas, Esteio e São Leopoldo.

Para o advogado trabalhista Dante Alencar Marques, de São Leopoldo, a implementação do PJe-JT é positiva. Segundo ele, o sistema tem trazido facilidades aos profissionais da advocacia trabalhista, já que propicia a diminuição do deslocamento até as unidades da Justiça do Trabalho, o que reduz o gasto de tempo e os custos dos escritórios. "Gastamos bem menos papel também, por exemplo", afirma. O advogado diz que o ambiente virtual do sistema não oferece maiores dificuldades. "Quanto à implantação em Porto Alegre, certamente haverá resistência de alguns advogados, mas logo se acostumarão", avalia.

O advogado Marcelino Hauschild, do município de Esteio, segue a mesma opinião. "Minha visão sobre o processo eletrônico é positiva. Acho que é possível, inclusive, reduzir os custos das atividades, principalmente por não precisarmos nos deslocar", ressalta.

Daiane Fraga de Mattos, do escritório Vicente Martins, também considera positiva a iniciativa, mas aponta dificuldades na operação do PJe-JT. Segundo ela, o sistema deveria permitir um tamanho maior para os documentos enviados. "Hoje não se pode enviar mais que 1,5 mega por arquivo, o que é muito pouco", afirma. "No caso das empresas reclamadas, quando enviam documentos para ser qualificadas como parte do processo, não recebem comprovante deste envio, o que ao meu ver também é um defeito ", aponta. A advogada também sugere que a capacidade do suporte telefônico seja ampliada quando o sistema for implantado na Capital.

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